quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

RESENHA DO FILME: EU SOU A LENDA




Eu sou a Lenda. LAWRENCE, Francis, 1h e 41 min. Ficção científica. Warner Bros EUA, 2007.
Uma vida dedicada à humanidade

   O filme “EU SOU A LENDA”, inicia contando uma história 03 anos após uma cientista (Emma Thompson)  anunciar ter  conseguido modificar um vírus para que ele possa se reverter como uma cura do câncer. Muito bonito, mas a experiência sai do controle e, a tal cura acaba tornando-se o mal que destruirá a humanidade, uma vez que a substância transforma seus hospedeiros em verdadeiros monstros. O ator Will Smitch interpreta o cientista e militar Dr. Robert Neville que vê a sua cidade sendo atacada e exterminada por este vírus contagioso, afetando quase todos humanos, tornando-os agressivos, sedentos por sangue e sensíveis à luz solar, uma minoria que ainda não foram afetadas são obrigados a deixar a cidade durante uma quarentena militar decretada, inclusive a família de Roberth – ele, filha e esposa - porém o organismo de Roberth possui uma imunidade ao referido vírus que se espalha rapidamente pelo ar, o que o faz tomar a decisão de ficar sozinho na cidade, realizar pesquisas e achar a cura para salvar os seus semelhantes. Podemos constatar que o perfil inicial de Roberth é de um bom pesquisador, pois no primeiro momento ele é conhecedor do problema, é tocado por uma sensibilidade social, possui em si o desejo de encontrar soluções, realizando leituras e observações constantes, perseverando e confiando que pode fazer experiências prodigiosas.
    Roberth monta um laboratório em sua casa e a partir daí inicia sua pesquisa, realiza suas experiências em ratos, coletando material, fazendo anotações e transmitindo-as via web, é muito cauteloso, elabora algumas estratégias de estudo e sobrevivência: programa seu relógio para despertá-lo nos horários em que pode sair e voltar para casa – apenas quando há luz solar – transmite mensagens via rádio à procura de sobreviventes não infectados, indica local onde pode ser encontrado, transforma a sua casa numa fortaleza contra os agressores, preocupa-se em não ser seguido e não deixa vestígios na entrada de sua casa.
   Neville vaga por uma cidade deserta, alternando procedimentos rotineiros de sobrevivência e momentos de ilusão e devaneio solitário – uma vez que conversa com manequins das lojas, possui uma única companhia que é a sua cadela Samantha, que com seu faro o ajuda e o protege nas saídas diárias, detectando os agressores. Numa de suas saídas, a atenção da cadela é direcionada para um veado que circula nas ruas solitárias, iniciando assim uma perseguição ao animal, levando-a a adentrar num depósito totalmente escuro que serve de refúgio para uma quantidade enorme de humanos infectados pelo vírus sensíveis aos raios solares, saem apenas durante a noite para atacar e agredir, Robert tenta inutilmente impedi-la, mas o seu amor pela cadela é tanto que o faz ir atrás dela, deparando-se com uma situação de horror  diante de tantos humanos transformados em monstros, começa aí uma luta com eles, uma luta pela sobrevivência, pela continuidade de suas pesquisas e salvação da cadela, procura o mais rápido possível sair dali, no momento em que consegue estar do lado de fora, planeja e consegue roubar um daqueles humanos infectados para realizar uma de suas experiências que está dando certo num dos ratos analisados, neste momento podemos considerar este ato de Robert como uma ação de muita coragem e determinação diante da realidade tão tenebrosa em que vive.
   Em casa, no seu laboratório, transfere o material coletado do rato 06 para o humano e aguarda confiante por resultados, documentando e transmitindo todo processo, inicialmente a reação do humano é divergente do esperado, deixando Robert numa situação de irritação e desolação ao imaginar que mais uma vez não obterá sucesso, neste instante se lembra de sua esposa e da sua filha, sente saudades, chora, mas continua com o perfil de um pesquisador perseverante e focado no seu objetivo, ele não desiste, deixa o humano em observação e mesmo desolado, confuso e triste continua seu trabalho de pesquisa e investigação indo novamente às ruas.
   Robert lembra que é o dia do seu aniversário e percorre a cidade meio desorientado e saudoso da família, quando de repente se vê numa armadilha montada pelos humanos infectados, ele é suspenso de cabeça para baixo por uma das pernas num fio de guindaste, mas com toda sua bravura, consegue  cortar o fio, usando uma faca que trazia consigo, cai e a faca que utilizara perfura sua perna, trava ali uma briga com os infectados, mesmo assim consegue atingir o carro, enquanto isso as horas vão passando e ficando escuro, os agressores saem às ruas e atacam  sua cadela, ele foge urgentemente para casa afim de tentar salvar a vida da Sam, percebe que todo esforço é inútil, sendo forçado a matá-la. Com a perda da companheira, Robert fica totalmente irritado e sai ao anoitecer para tentar matar todos os monstros, em forma de revidar a morte da cadela, trava-se ali uma luta cruel, ele por sua vez é acidentado, e para sua salvação aparece aqui a atriz (Alice Braga) interpretando a Anna, que o leva meio inconsciente para casa e trata seus ferimentos. Após recobrar seus sentidos, Robert tenta conversar com Anna e ela conta que ouvira a mensagem via rádio e viera ao seu encontro, traz informações de que existe uma colônia de sobreviventes e o convida a irem para lá, mas Robert mostra-se resistente em ficar, cético de que haja mesmo ainda sobreviventes, Anna insiste em dizer que Deus a enviara a ele, mas o perfil de Robert é de um pesquisador persistente, acredita que só poderá mudar toda aquela situação se ficar e encarar o problema de perto.
   Eles não sabiam que os monstros os tinham seguido  até em casa, e num certo momento resolveram atacá-los de forma terrível e brutal, Robert, Anna e seu filho  se refugiam no laboratório e de repente percebem que o humano em observação estava agora com comportamentos menos agressivos, enfim, o composto dera certo, a cura fora encontrada! Porém os monstros não cediam,  Robert colheu o material no humano, misturou-se ao sangue imune dele, entregou o composto da cura para Anna levar consigo, a fim de consertar e mudar toda aquela situação como dizia ele. Robert decidiu entregar a sua vida para salvar a humanidade. Em seguida suicidou-se com todos aqueles monstros.
Robert dedicara sua vida ao descobrimento de uma cura e à ressurreição da humanidade, e dera também a sua vida para defendê-la. Essa, é a sua lenda. 

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